terça-feira, 12 de junho de 2012

Significar

Tradução de mim:
Hoje é o fim!
Tradução da cor:
Gosto e odor.
Tradução do dia:
Álcool e orgia.
Tradução de você:
Não pude nem ver.
Tradução da cidade:
Oferecer variedade.
Tradução da arte:
Despedaçar em parte.
Tradução desta tradução:
Aliviar o coração.
Tradução do não entender:
Continuar a viver!
Tradução de dinheiro:
Tudo passa ligeiro.
Tradução de casa:
Necessário criar asas.
Tradução de humano:
Ser insano!
Tradução de valores:
Carros e computadores.
Tradução do banal:
Está tudo normal.
Tradução de sorte:
Ter um Norte.
Tradução do positivo:
Abandonar o egoísmo.
Tradução de glória:
É criar história.
Tradução de criação:
Reerguer as mãos.
Tradução de sentimento:
Coração sem batimento.
Tradução de amar:
Tentar, sem cansar.
Tradução do final:
Fugir do igual.








segunda-feira, 7 de maio de 2012

Extra

Tudo igual e diferente ao mesmo tempo, personagens cotidianos de passagem para novas estações estancam seu sangue para não haver infecções sociais. generalizações instantâneas só são boas quando aculturadas.
A verdade não rima, medalhas pesam menos, menos agora no circuito vale mais, esquecemos de lembrar do que realmente vale. Embora tudo acabe.
Os sentidos se invertem, todos os lados ainda são pouco enquanto houver seres humanos. Filmes e segredos em preto e branco ainda serão inventados e tomarão novos espaços, sentidos inertes e novidades gravitacionais.
Novidades no jornal da manhã de hoje, descobriram novas possibilidades de não dizer tudo, para esquecer já basta o jornal de amanhã, para entender era mais eficaz desenhar, o papel já se vai novamente sem amarelar no tempo. Quantidade de informações como moeda de troca, vanguarda escrita é vanguarda esquecida. Mas vanguarda é vanguarda!
Lucidez em novas criações, as dimensões agora são maiores, a distância se tornou apenas mais distante na linha do horizonte, fortes sensações ganham novas roupagens, a aurora põe-se novamente a mudar as cores, todo o inconsciente brilha e transita pelo urbano, por novos sentidos e sentimentos.
Toda modificação pertence a algo. Tudo que não começa não pode acabar, sempre há novas possibilidades de experimentar o desconhecido, o extra. 


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Menina

Na verdade ela não sabe exatamente o seu signo, diz ser de sagitário, mas certeza mesmo ela só tem ao dizer que o doce da vida está nas coisas simples, nas cores, nas gargalhadas, nas canções que nada trazem de certeza.
Prefere roupas confortáveis, pra não machucar mais do que as tatuagens, o tênis desenha no asfalto seu percurso dinâmico, nem horas tem para não apressar sua estadia no presente, a temperatura do dia é a mesma do seu corpo, da sua mente nada se externa além de adaptação ao ambiente.
Seus segredos ficam lá, escondidos nos olhares noturnos, encontra nos outros aquilo que queria pra si, planos infalíveis em frente ao mar, a mochila nas costas leva todo o mundo, pra crer joga moedinhas na fonte, pinta o cabelo e sai. Gosta de olhar o arco- íris depois das chuvas.
O piscar dos cílios guarda explicações inevitáveis, sem saber como, vive em sociedade e ainda tem amigos pra trocar histórias. Anda na corda bamba com a facilidade do ritmo continuo do coração e adora chupar gelo.
Risca e rabisca impressões e razões existentes no jeito de cada um, traduz gestos monótonos em atitudes abusadas, compõe palavras pra sumir nos instantes seguintes.
Sonha sempre com o céu, e ainda tem tempo pra ler o horóscopo do dia.  


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


As criações humanas absorvem o lado desumano do mundo, as cores ainda predominam, brilham e prevalecem sob a escuridão do caos atual. Retrovisores arrancados por motocicletas que passaram  mais rápido que imediatamente, no outro retrovisor a vista, estão olhos cheios de interrogações sobre o estado das coisas. Pareciam- me olhos numa tela em movimento, aquela tela que nunca pintei.
Víceras são materias excelentes para se colocar no Museu, pratos fundos sem nenhuma cor, órgãos internos abstraídos em uma curadoria para criticar a própria crítica. Os visitantes pagaram ingresso? Cabelos coloridos se perderam na multidão, linhas do tempo atravessaram a cidade e assassinaram o espaço, graffites tentaram ressucitá- lo, mas já estava tudo estático.


 


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Vida


Raízes e rizomas que se cruzam e criam novas formas subterrâneas
Uma umidade natural de alimento líquido, incolor e inodoro
Sementes de esperança, explosão de vida
Tronco forte como a morte
Galhos espalhados pelo espaço configurando um novo desenho
A paisagem modificada pelo silêncio do crescimento
O verde
As folhas agarradas uma a outra com familiaridade
Ramos desarranjados em espirais secas
Serpentes fortes, cortes atraentes
Ciclos renovadores
Tonalidades novas em copas robustas
Ventanias eficazes
O chão
Respiração de alívio
O renascer, o transcender, o florescer.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Elementos

A água que satifaz
leve, em lágrimas se desfaz
Um rio que corre em silêncio
encontra o mar de forma eficaz.


A terra que germina a semente
produz a argila que seca lentamente
Aceita o concreto sem recusa
ajuda o homem em sua luta eternamente.


O ar, esse transparente respirar
alimenta asas que sonham voar
Empurra folhas velhas caídas,
sopra novos ventos, sem cansar nem parar.


O fogo transforma a obra humana
deixa cinzas e arde em chama
Traz calor, é vermelho como a dor
aquece e queima a cama, trama de quem ama.